Miriam Stumpf escreve...: outubro 2010

Benvindos!

Neste espaço divulgo meus trabalhos, textos e eventos.
Por gentileza, não faça cópia dos textos ou das fotos, obrigada!

domingo, 31 de outubro de 2010

Cacto de outubro

Rhipsalidopsis, um cacto mimoso que floresce agora de outubro a novembro. Suas flores vermelhas são difíceis de fotografar devido à grande intensidade da cor. Um dos meus presentes de primavera...

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Neomárica, um toque de azul no jardim...

Neomarica, Família Iridaceae. Nativa brasileira.

 Aprecia locais com sol e produz flores de formato que lembram a íris, o ano inteiro. Encontramos também com flores brancas e azul claro. É uma planta estrutural e seu uso em projetos é bem interessante.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Glossário de termos botânicos


Glossário
Anual - planta de ciclo de uma a duas estação. Semente, muda, floração, frutificação e semente novamente. Ex: anual de verão: zínia.
Anual de inverno - primavera, amor-perfeito.
Arbusto - planta que tem muitos caules a partir do solo, atingindo até três, três metros de altura. Deixando-se um só caule, pode tornar-se uma arvoreta, isto é, imitação de árvore. Ex: hibisco, extremosa.
Árvore - planta que tem um caule somente, lenhoso e que vai de três a trinta metros ou mais. Ex: paineira, guapuruvu.
Bordadura - fila de plantas herbáceas circundando canteiros.
 
Bráctea - folha modificada, verde ou colorida, que protege a inflorescência. Ex: antúrio, copo-de-leite.
Bulbo - caule subterrâneo capaz de emitir folhas e flores.
Bulbo tunicado -em camadas. Ex: cebola.



Capítulo - inflorescência das compostas, o calíce forma receptáculo alongado onde dezenas de pequenas flores se formam. Brácteas coloridas chamam a atenção dos insetos polinizadores. Ex: margarida, crisântemo.
Cormo - bulbocompacto. Ex: palma-de-Santa-Rita
Corola - conjunto de pétalas que forma uma flor.
Decídua - ou caduca, planta que perde suas folhas no outono,algumas mudando o verde para tons avermelhados. Ex: roseiras, extremosa, ipês
Espádice - tipo de inflorescência onde há uma bráctea verde ou colorida, como no copo-de-leite.


Espiga - tipo de inflorescência onde o ráqui do pedúnculo floreal é preenchido com pequenas flores, lembrando a espiga do milho. ex: celosia, flores de gramíneas.
Estolão - tipo de caule subterrâneo ou sobre o solo, que vai se desenvolvendo e enraizando, garantindo raízes e novas plantas. Ex: milho (gramínea invasora de jardins).
Óleo de Nim (neem) - Óleo essencial de Azadiracha indica (árvore do Nim), inseticida natural para insetos mastigadores (gafanhoto), cochonilhas e pulgões.
Panícula - Inflorescência sem uma forma rígida definida, mas com uma haste floral reunindo as flores. ex: aveia, kalanchoe, hortênsia.
Raiz - parte da planta que fica dentrodo solo ou submersa, como nas aquáticas. Pode ser:
a) pivotante, como em árvores, quando tem uma raiz profunda vertical, rodeada e raízes secundárias, terciárias, etc. Ex: guapuruvu, árvores em geral, arbustos.
b) fasciculada, quando na ausência de uma raiz principal existem milhares de raízes, prendendo a planta ao solo. Ex: gramíneas, palmeiras.
Rizoma - caule modificado, subterrâneo à superfície do solo, com reservas nutricionais. Ex: begônia rex, marantas.

Flores comestíveis

Desde tempos antigos as flores têm sido objeto de admiração por todos. A experimentação de seu gosto levou à descoberta de que algumas flores podem ser comestíveis. E como sabemos se ela pode ser usada em receitas? Primeiro, a planta não deve ser tóxica ou venenosa. Quase sempre as flores não tem alcalóides nem venenos, mas algumas contêm substâncias que podem ser perigosas se ingeridas.O pólen,
na verdade, é que é o problema. Pessoas alérgicas a pólen, podem apresentar reações sensibilizantes de pele e respiração
As flores devem ser oriundas de cultivos orgânicos, isto é, não devem ter recebido nenhum defensivo agrícola, termo técnico para veneno. Aquelas flores cultivadas em casa, onde todos os insetos passeiam (e se banqueteiam), podem ser consumidas, desde que seja obedecida a retirada do pólen.
Um dos mercados com potencial de expansão está na produção de flores para consumo humano, com comercialização para supermercados, confeitarias, restaurantes e delicatessen, a demanda poderá tornar-se crescente se houver maior divulgação e interesse dos produtores.

Para maiores informações sobre como produzir, quais as plantas poderemos utilizar, leia no livro Guia de produção para plantas medicinais, aromáticas e flores comestíveis de minha autoria.
Contato: www.cattleya.com.br

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Borboletas de flor em flor...




Borboletas em roupas, broches, no jardim, difícil ter alguém que não aprecie. Andar no jardim com as borboletas esvoaçando de flor em flor dá uma sensação de paz, alegria e bem estar. Mas onde estão as borboletas? Olhe ao seu redor. É como aquele jogo infantil onde está Wally? Elas sumiram, por conta de jardins minimalistas, todo verde, com plantas que não tem flores com néctar para elas. Foram embora em busca daqueles espaços onde seus donos apreciam suas visitas e não se importam de dividir algumas folhas de plantas com suas lagartas.
Ah,chegamos no ponto. Quem aprecia lagartas? Aqueles bichinhos esquisitos, rastejantes, verdes ou coloridos, com ou sem espinhos, algumas com cheiro forte. Acho que ninguém admite, mas gostariam de eliminar a fase das lagartas. Porque elas precisam comer e o fazem nas plantas onde nasceram, onde sua mãe deixou os ovos que eclodiram. Precisam se alimentar, depois fazem um casulo e adormecem, na transformação maravilhosa que ocorre em segredo no casulo. Certa hora despertam, rompem a proteção e saem esticando as asas. Pronto, viraram a estrela do jardim, todo mundo sorri e acha lindo!
A borboleta é um inseto seletivo. Os adultos alimentam-se de néctar de algumas flores, mas suas larvas comem folhas de determinadas plantas. Poderemos ter no jardim estas plantas, pois elas não irão atacar o resto do jardim. Uma das plantas que as borobletas procuram é a Salvia splendens, como a da foto.

Resgate


   Que planta é esta, cheia de coloridos que lembra um tapete persa? Na casa dos nossos pais ou avós sempre havia alguma, todas diferentes e as pessoas trocavam galhinhos para obter nova combinação. Borboletas enlouquecidas polinizavam suas flores cheias de néctar e as sementes não recolhidas caiam e geravam novas combinações. Neste balé de buscas e trocas, todo mundo tinha esta planta em casa. E de repente, num passe de mágica, findou. É raro achar-se à venda em floriculturas, por vezes se encontra sementes em saquinhos no supermercado, esquecidos e com data de semeadura já vencida, pois ninguém levou.
  Mas porque isto ocorreu? Em regiões mais frias, o coleus (Solenostemon) tem pouca resistência quando cultivado sem proteção de árvores ou arbustos que o protejam de geadas. Se a umidade relativa do ar da região é muito alta, podem aparecer fungos em suas folhas, danificando e matando a planta. Mas não acreditamos que tenha sido por estas razões. Seu cultivo à meia sombra o faz atraente para canteiros ao redor de árvores e lados de prédios onde a luz do sol incide somente pela manhã. Seu uso em vasos com outras plantas, como Petúnia e Fuchsia produzem belo efeito pela folhagem variegada que salientam as flores das outras plantas.
  Talvez tenha sido aos poucos esquecido pela aparição de plantas mais exóticas, de folhagem com efeito paisagístico mais moderno, mesmo que minimalista. No entanto, em época de resgates de tantos valores e coisas esquecidas, o consumidor que cresceu junto a estas plantas tem o poder de mexer com a demanda e fazer retornar nas floriculturas a oferta desta planta tão bonita que lembra um bordado antigo.

sábado, 9 de outubro de 2010

A cor amarela no jardim


Os místicos consideram o amarelo a cor do ouro,representando riqueza. O amarelo é cor primária e o verde a combinação dele com azul. Consideramos esta cor a mais difícil de planejar no jardim de uma cor. É necessário um estudo para não torná-lo torcida brasileira, mesmo que o dono seja torcedor exacerbado. Dosar a intensidade da cor, usar diferentes tons,colocar brancos, é uma boa opção. Folhagens variegadas com creme e branco( Ficus variegata), juntando folhagens de verde escuro(Buxus, Podocarpus) também é uma idéia a estudar. Foto: Chrysanthemum frutescens, uma herbácea de duração bienal, excelente para maciços.

A cor prata no jardim

Foto: Senecio douglasii, cinerária marítima

Não se trata bem de cinza, mas folhagens prateadas(Senecio douglasii), verdes acinzentados(Artemisia), cinza azulado(Juniperus horizontalis), que são uma opção para o paisagista, quebrando intensidades de coloração de folhagens multicoloridas.Dosar na medida certa trará harmonia ao jardim, dará mais impacto ao colorido das flores.

As flores no jardim





A flor tem uma missão específica para a planta, serve para a reprodução da espécie, propagação de matrizes.Suas formas, coloração e truques são de fascinante estudo.Algumas orquídeas se parecem com fêmeas de insetos polinizadores, flores tem rastos luminosos que são vistos somente pelos olhos dos insetos e ficam visíveis para nós com luz ultravioleta, indicando uma pista de pouso para o inseto que vem à busca do néctar.Outras atraem com odores de glândulas especiais,indicando a presença de néctar e o inseto ou pássaro recebe seu alimento e em troca leva o pólen a outra flor, realizando o casamento necessário para a produção de frutos e portanto de sementes, para a muitiplicação da espécie.É o órgão sexual da planta, com partes femininas(ovário) e masculinas(anteras com pólen), por vezes na mesma flor(hermafrodita), por vêzes em flores diferentes mas na mesma planta(monóica) e também flores femininas e masculinas em plantas diferentes(dióica).
O Homem encantou-se com a beleza das flores e trouxe plantas para junto de sua morada e começou a cultivar. Elas produzem suas flores em determinada época do ano e poucas são as que produzem continuamente ao longo das estações.A flor é um bônus, o prêmio da planta ao jardineiro que cuida da muda fielmente durante o ano, preparando o espetáculo da florada para encantar a todos. A primavera parece trazer a movimentação geral no jardim, as flores trazem o colorido, os insetos e pássaros realizam seu balê da estação e tudo se renova.
É preciso compreender o sentido das estações e apreciar o jardim em todas etapas que atravessa durante o ano. Planejando a partir do conhecimento de como se comportam as plantas e suas flores, poderemos elaborar um projeto onde haja flores o ano todo.
Foto: Neomarica coerulea

domingo, 3 de outubro de 2010

Plantas para cerca-viva


As cercas-vivas nos ajudam a separar ambientes dentro de um jardim, a preservar a intimidade de áreas com piscinas e churrasqueiras e como divisa da propriedade de terrenos vizinhos e como também como quebra -ventos.
As plantas utilizadas para tais fins são os arbustos perenes, de folhas não decíduas, isto é, de folhagem permanente. As flores produzidas são bônus adicionais. Arbustos de grande crescimento e que atinjam boa altura são otimos para áreas de vento, onde a necessidade de proteção exige densa ramagem e boa altura. O hibisco (Hibiscus rosa sinensis), assim como o abutilon (Abutilon) e o hibisco-da-síria (Hibiscus syriacus) (foto), são ótimos exemplos, inclusive para áreas de praia, pois resistem bem à maresia e produzem belas flores na época de verão.
Arbustos de folhagem miúda mas cerrada, assim como plantas espinhosas, podem ser cultivadas em áreas onde se necessita impedir não só a visualização mas a passagem de pessoas e animais. Ligustro(Ligustrum) ou Ficos(Ficus) fazem uma sebe bem cerrada. Devido ao seu crescimento forte, devem ser podadas freqüentemente. Formatos diferenciados podem ser estabelecidos e mantidos.
Trepadeiras são usadas freqüentemente para cerca-viva, como a Bela Emília (Plumbago capensis), de folhagem verde-claro e flores azuis reunidas em umbela grande, que têm espinhos inclusive na folha e garantem proteção contra invasores. Já a Lágrima-de-Cristo (Clerodendrum), Glicínia (Wisteria), Alamanda (Allamanda cathartica), entre outras, são ótimas para cercas, caramanchões e latadas.